Estádio Nacional: História do “monumento” mais icónico do Jamor

Estádio Nacional - Jamor

O Estádio de Honra do Complexo Desportivo do Jamor, mais conhecido como Estádio Nacional, situa-se no vale do Rio Jamor desde 10 de junho de 1944.

A sua inauguração decorreu com pompa e circunstância, em clima de grande festa, mas com um teor marcadamente político.

Estiveram na festa, o Presidente da República, Marechal Óscar Carmona, o Presidente do Concelho, António Oliveira Salazar, e uma grande multidão que assistiu aos desfiles, discursos e ao grande jogo entre os eternos rivais, Sporting e Benfica.

Os dois “grandes” de Lisboa defrontaram-se para a disputa da Taça Império (uma espécie de Supertaça da altura) e da Taça Estádio, feita para celebrar a inauguração do anfiteatro.

Os troféus estão no museu do Sporting, que venceu o jogo por 3-2 (após prolongamento), depois dos golos de Peyroteu (aos 10 e aos 92 minutos), Eliseu (aos 106 minutos), Espírito Santo (aos 77 minutos) e Júlio.

A ideia de construir o estádio partiu de Duarte Pacheco (Ministro das Obras Públicas), que teve a colaboração dos arquitectos Francisco Caldeira Cabral, Konrad Wiesner, Jorge Segurado e, principalmente, de Miguel Jacobetty Rosa, o “pai” do Estádio de Honra.

A sua arquitectura foi inspirada no Estádio Olímpico de Berlim (Alemanha), construído em 1936, e hoje está inserido no Complexo Desportivo do Jamor.

Para além do campo relvado (onde se realizava até há bem pouco tempo a Final da Taça de Portugal Masculina e Feminina), o estádio tem uma pista de Atletismo, zonas para Salto em Comprimento e Triplo Salto e uma vala para a corrida de obstáculos.

A sua capacidade é de apenas 37500 espectadores, mas muitos amantes do futebol gostam de assistir a um jogo neste recinto tão icónico, situado num dos “pulmões” da Área Metropolitana de Lisboa.

João Miguel Pereira