Decorria o ano de 1944, e Portugal festejava mais um dia Nacional com toda a pompa e circunstância.
Mas um novo dado iria alterar para sempre a zona envolvente à conhecida Mata do Jamor: o Estádio Nacional.
Inaugurado nesse ano, o anfiteatro é hoje um dos marcos mais importantes da história de Portugal, não só desportiva, como também política e cultural.
Para além do estádio, temos nas zonas circundantes caminhos pedestres, campos de ténis, “naves” de Atletismo, campos de Râguebi e até uma piscina olímpica.
È aqui, no meio da Natureza e do Desporto, que começamos o nosso Roteiro Turístico deste mês de Abril.
No caminho para a vila de Algés, muito famosa e cheia de vida, pois diariamente circulam pelas suas ruas milhares de pessoas, passamos por duas localidades que podemos classificar de pitorescas.
A Cruz Quebrada e o Dafundo têm já uma população envelhecida, mas estão “carregadas” de comércio tradicional, pequenas lojas que vendem os mais variadíssimos produtos, desde os simples bens alimentares, até produtos para animais ou materiais para construção civil.
Apesar de vermos algumas antigas fábricas já abandonadas, as duas localidades têm edifícios novos, que “albergam” algum comércio e clubes desportivos.
A SIMECQ e a União Recreativa do Dafundo marcam a Rua Sacadura Cabral e mesmo próximos a rivalidade é salutar, até porque enquanto o conjunto “quebradense” tem maior tradição no Basquetebol, o clube” dafundense “ aposta na ginástica, tendo vários prémios ganhos em competições desta modalidade.
Um pouco mais afastado desta zona, mas não menos importante, encontramos o Oeiras Sport Clube, que fica situado na Rua Bento Jesus Caraça, e tem como modalidades principais, o Atletismo, a Equitação e o Triatlo.
Uma das particularidades que se vê e ouve quando se circula nas ruas das localidades é a passagem do comboio da Linha de Cascais, que circula entre o Cais do Sodré (Lisboa) e Cascais, mas tem duas paragens nesta zona: em Algés, uma das mais importantes e onde entram e saem milhares de pessoas por dia, e a Cruz Quebrada, que serve os adeptos de futebol quando há jogos no Jamor.
À medida que nos aproximamos de Algés, a circulação de pessoas aumenta e o comércio tradicional também.
Mercearias, cafés e barbearias fazem as delícias das pessoas, embora as novas regras definidas pelo coronavírus tenham mudado um pouco a face do comércio, que tem mais segurança e alguns clientes são obrigados a esperar do lado de fora das lojas.
Mesmo antes de chegar a Algés, onde termina o nosso roteiro deste mês, temos um dos ex-líbris do concelho, do distrito e até do país: o Aquário Vasco da Gama.
Um dos maiores da Europa, este viveiro de espécies marinhas recebe vários visitantes portugueses, estrangeiros, de várias idades e estratos sociais.
Uma das caraterísticas particulares deste aquário é o facto de possuir um Museu Oceanográfico onde está patente uma exposição permanente de uma colecção privada do Rei D. Carlos I.
Uma das características principais das ruas da Cruz Quebrada e do Dafundo é que elas são planas (claro que também há algumas subidas e descidas íngremes) e acompanham sempre a linha do comboio e o Rio Tejo.
Podemos então dizer que num dos locais mais ribeirinhos do concelho de Oeiras, encontramos duas localidades icónicas, com ofertas culturais e desportivas para todas as idades, com imensos comércio e balizada por dois “monumentos”: o Complexo Desportivo do Jamor e o Aquário Vasco da Gama.
João Miguel Pereira