Paulina Chiziane, vencedora do prémio Camões, é a próxima convidada do ‘Café com Letras’, que vai decorrer esta terça-feira, dia 17, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Carnaxide.
Paulina Chiziane, a primeira escritora africana a vencer o Prémio Camões, continua a celebrar este galardão junto do povo, mesmo dos que não sabem ler, ao mesmo tempo que os “que se acham mais sábios” ainda recuperaram do choque.
A autora reconheceu que nunca imaginou existirem tantas pessoas tão interessadas em ouvi-la e em ler o que escreveu e só lamenta não ter braços para “os abraçar a todos”, os que vivem em África, Portugal, Brasil e em outros países que não falam português.
A autora, natural de Moçambique, vai estar à conversa com Ana Daniela Soares.
A entrada é livre. Esta iniciativa será transmitida em direto nas páginas de Facebook do Município de Oeiras e Oeiras27.
Paulina Chiziane
Nasceu em Manjacaze, Moçambique, em 1955. Estudou Linguística em Maputo, mas não concluiu o curso. Atualmente vive e trabalha na Zambézia.
Ficcionista, publicou vários contos na imprensa (Domingo, na «Página Literária», e na revista Tempo). Publicou o seu primeiro romance, “Balada de Amor ao Vento”, depois da independência (1990), que é também o primeiro romance de uma mulher moçambicana.
“Ventos do Apocalipse”, concluído em 1991, saiu em Maputo em 1995 como edição da autora e foi publicado pela Caminho em 1999. “O Sétimo Juramento” e “Niketche” foram publicados em Portugal em 2000 e 2002, respetivamente. “Dizem que sou romancista e que fui a primeira mulher moçambicana a escrever um romance, mas eu afirmo: sou contadora de estórias e não romancista. Escrevo livros com muitas estórias, estórias grandes e pequenas. Inspiro-me nos contos à volta da fogueira, minha primeira escola de arte” refere, Paulina Chiziane.
Em 2014, foi agraciada pelo Estado português com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique. Em 2021, recebeu o mais prestigiado galardão das letras lusófonas, o Prémio Camões.