A Câmara Municipal de Oeiras, conta concluir, até ao final do dia, os trabalhos de limpeza na estação de Algés e no mercado e admite reforçar o fundo de apoio aos comerciantes.
m declarações à agência Lusa, o vice-presidente da autarquia, Francisco Gonçalves, adiantou que os trabalhos de retirada de água do túnel da estação de comboios de Algés estão praticamente concluídos, sendo que a sua reabertura ainda depende da intervenção da Infraestruturas de Portugal e da CP.
“Esse apoio poderá, ou deverá, ser atualizado em função do levantamento de novos prejuízos que possam ter ocorrido. Não vamos limitar o fundo aos primeiros prejuízos”, garantiu Francisco Gonçalves, adiantando que o regulamento do fundo irá a reunião de câmara para aprovação na próxima semana.
“A infraestrutura do concelho de Oeiras resistiu relativamente bem”, constatou o autarca, em jeito de balanço, referindo “algumas situações de aluimento de terras”.
O caso “mais preocupante” foi o da queda de um muro no Dafundo, mas “já está controlado”, ainda que a estrada continue “cortada até próxima avaliação”, adiantou.
“Não há previsão para ser reaberta, não podemos dizer isso já. O muro está contido, não há risco imediato. Todavia, é uma situação que deve ser acautelada e, por isso, a estrada não pode estar aberta”, frisou.
“A situação está relativamente controlada, até porque a última noite foi calma e, felizmente, o agravamento da situação do tempo previsto (…) já passou. Passou ao largo, ao que parece”, assinalou, mencionando que “há ainda trabalhos de limpeza a decorrer” naquela que foi uma das zonas mais afetadas pelo mau tempo que se tem feito sentir.
Francisco Gonçalves referiu que, das 30 famílias que ficaram sem casa no concelho de Oeiras, 20 encontraram alternativa “por meios próprios” e dez foram realojadas pela autarquia, que está já a preparar a sua transferência para “casas da Câmara”, onde ficarão temporariamente, até resolverem com as seguradoras ou os senhorios.
A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.
No total, há registo de 83 desalojados, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e o mau tempo levou também ao corte e condicionamento de estradas e linhas ferroviárias, que têm vindo a ser restabelecidas.
Na zona de Lisboa, a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, situação que está regularizada na maior parte dos casos. Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a Câmara Municipal.
Segundo a ANEPC, estão “cinco planos municipais de emergência ativos”, quatro no distrito de Portalegre e um em Santarém, mantendo-se em estado de alerta amarelo os planos especiais de emergência para as bacias dos rios Tejo e Douro devido ao risco de cheias.