O triatlo é um desporto que surgiu da junção de três modalidades: natação, ciclismo e corrida. Atualmente é possível dizer que o triatlo ganhou bastante popularidade nos últimos 20 anos em Portugal.
Esta modalidade teve origem nos EUA, mais propriamente num clube de atletismo em San Diego. Em 1974, o treinador decidiu durante as férias dos atletas passar um treino que incluía ciclismo e natação para os atletas cumprirem durante o descanso.
Quando os atletas regressaram das férias, o treinador fez um teste pra ver se eles tinham cumprido o programa. O teste era composto por 500 metros de natação, 12 km de ciclismo e 5 km de corrida. A brincadeira foi um sucesso e foi repetida no ano seguinte.
Assim surgiu o triatlo que passou por algumas reformulações até se tornar o que é atualmente.
Em 2000 passou a integrar o quadro olímpico. Na altura era pra ser natação, ciclismo, corrida a remo mas com a logística dos barcos acabou com a ideia. Ficaram então as outras três modalidades.
O primeiro triatlo realizado em Portugal foi há 35 anos em Peniche.
O clube GRCD LEIÃO fundado em 24 de abril de 1974,um dia antes da revolução de Portugal, tem como administrador o professor de economia Luis Duarte, ex atleta, que iniciou sua carreira aos 12 anos. Foi federado até os 22 anos, quando sofreu uma lesão e terminou nessa altura a sua carreira de alto rendimento e entrou pra faculdade de economia.
Em 2015 resolveu comprar uma bicicleta de ciclismo e começou a encantar-se com a modalidade. Conheceu uma pessoa nesse circuito que o incentivou ao triatlo visando que sempre se destacou nas corridas.
Em 2016 participou no campeonato nacional na Expo, onde fez sua primeira prova, seguida de várias outras em Oeiras e Cascais.
Em 2017 inicia-se o triatlo em Setúbal que ganhou grande importância em Portugal e onde hoje participam mais de 800 atletas.
No meio disso tudo existe um grande projeto de inclusão social, o PARATRIATLO que em 2020 conheceu o atleta João Santos com deficiência auditiva e que já se sagrou várias vezes campeão nacional.
Hoje, além do João, o clube tem Tiago Lousa que é cego. Luís recorda que este foi seu grande desafio. “Ele sempre foi bom em atletismo, a bicicleta por ter dois lugares também ajudou nessa fase e na natação tem vindo a crescer.
O clube conta com vários modalidades desde o futsal masculino, futsal feminino, pesca desportiva, grupo de danças aeróbicas e o mais engraçado que é o futebol caricas que é um réplica do futebol mas jogado em cima de uma mesa e em que as equipas são representadas por caricas. Tem também uma equipa de trail running.
“O clube Leião é uma instituição vencedora que cresce de forma sustentável”, diz com orgulho o seu presidente.
Janaina Santos