Três espaços do concelho de Oeiras foram recentemente classificados como Monumento de
Interesse Público. São eles o Aquário Vasco da Gama, o Palacete de Santa Sofia e a Igreja de Nossa Senhora da Purificação.
O Aquário Vasco da Gama foi inaugurado em 1898 no âmbito das comemorações do 4º
Centenário da Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia, está situado entre a Estrada
Marginal e a Rua Direita do Dafundo, Cruz-Quebrada.
Constitui um dos aquários-museus mais antigos do mundo, sendo um valioso depositário da coleção oceanográfica do Rei D. Carlos. O Aquário caracteriza-se pelo destaque dado à
diversidade da fauna marinha de Portugal Continental e dos Arquipélagos dos Açores e da
Madeira.
O Aquário foi assim classificado como monumento de interesse público bem como o jardim.
“A classificação do Aquário Vasco da Gama, incluindo o jardim, reflete os critérios constantes do artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, na sua redação atual, relativos ao carácter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho notável de vivências e factos históricos, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitetónica e urbanística, à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva, e à sua importância do ponto de vista da investigação histórica e científica.”, lê-se no documento do Património Cultural.
Também o Palacete de Santa Sofia, localizado na Rua Sacadura Cabral, 78, Cruz Quebrada,
União das Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo, recebeu esta
distinção que se extende ao jardim e ao património móvel integrado.
O Palacete de Santa Sofia, de construção de finais do Século XIX, é um projeto de autoria do Arquiteto José Luís Monteiro (1848-1942). É um exemplar de arquitetura romântica com frisos de azulejo sobre as janelas e diversos elementos em ferro forjado, rematado por cúpulas mouriscas.
Do tipo ‘chalet’, o palacete está implantado na encosta da margem esquerda da ribeira do
Jamor, elevado face à Rua Sacadura Cabral e à Estrada da Costa.
Outro espaço de Oeiras a receber esta classificação foi a Igreja de Nossa Senhora da
Purificação, localizada em pleno Centro Histórico da Vila, no Largo 5 de Outubro.
A Igreja começou a ser construída em 1702 e só em 1748 é que foi considerada concluída.
O interior da Igreja Matriz de Oeiras possui alguns elementos que se destacam, tais como: a pia batismal, obra do mestre Matias Duarte, com o pé de pedra bastarda e o corpo de pedra lioz, o lavatório da sacristia, os púlpitos e as pinturas que ornamentam a igreja matriz. No seu conjunto a Igreja Matriz de Oeiras constitui um exemplo emblemático do barroco joanino tardio, detendo um património integrado composto por valiosos testemunhos.
“A classificação da Igreja de Nossa Senhora da Purificação, matriz de Oeiras, incluindo o
património móvel integrado, reflete os critérios constantes do artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, na sua redação atual, relativos ao carácter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho simbólico ou religioso, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitetónica e urbanística, e à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva.”, lê-se no documento do Património Cultural.