O Benfica venceu ontem o Racing Power por 4-1 na final da Taça de Portugal feminina de futebol no Estádio Nacional, em Oeiras.
Declarações após o jogo Benfica–Racing Power (4-1), da final da Taça de Portugal feminina de futebol, disputada ontem no Estádio Nacional, em Oeiras:
– Filipa Patão (Treinadora do Benfica): “Isto não é um troféu ganho por um clube, por uma equipa, mas por um grupo de trabalho que se uniu e que soube trabalhar em equipa para o conquistar. A equipa, o grupo de trabalho e a direção estão de parabéns. Agradecemos a todos os que nos deram as condições para podermos trabalhar e mais uma vez fazermos história.
Uma das coisas que tem marcado esta equipa é a humildade e o respeito pelos adversários. Puxámos dos galões a época toda. A equipa percebe e entende que temos de estar sempre no nosso melhor.
Esta equipa percebeu coletivamente o que precisava de fazer para ficar mais forte e conquistar estes quatro troféus.
Pensar que na próxima época [significa que] temos de ter mais jogos porque seria sinal que vamos mais além. No início da época disse que estávamos mais fortes e apontámos para os quartos de final da Liga dos Campeões. Não podemos ter medo de ir mais além. Tivemos coragens de ir mais além. Para o ano temos de conquistar objetivos mais altos.
Surpreendentemente, não começámos muito bem o jogo. Perante esta massa de público senti que a equipa entrou receosa nos primeiros minutos. Foi aí que o Racing Power criou oportunidades que nos criaram dificuldades e nos deixou intranquilos. Unimo-nos e acreditámos que era possível chegar lá. Este jogo é a simbologia do que foi a época. Nunca duvidámos e nos momentos menos bons em jogo nunca deixámos de ser nós, de querer ter bola e tínhamos de querer mais do que os nossos adversários”.
– João Marques (Treinador do Racing Power): “Na primeira parte tivemos falta de eficácia. Demos a posse de bola de forma consentida. Sabíamos quando teríamos de tirar a bola para ferir o adversário. O Benfica na primeira situação finalizou logo. Na segunda parte a partir do segundo golo a minha equipa foi a baixo. O resultado peca por excesso. A minha equipa já não estava melhor mentalmente. Este foi um jogo importante para as minhas jogadoras crescerem.
O segundo golo do Benfica acabou por ser o momento crítico do jogo. A minha equipa reage bem às situações, mas hoje não fomos o Racing Power que costumamos ser. Este era o primeiro ano na I Liga e também aprendemos com os nossos erros.
Quando estávamos a perder por 1-0 sentia que a minha equipa poderia ganhar o jogo. A partir do momento que empatámos senti isso de forma muito mais forte. Ao intervalo corrigimos algumas marcações e na segunda parte a minha equipa costuma ficar em cima do adversário. Depois de sofrer o segundo golo ainda procurámos dar a volta, mas não conseguimos. Se fossemos mais eficazes a história teria sido outra”.