A Federação Nacional dos Médicos estão a apontar baterias para a greve nas próximas terça (22/7) e quarta-feira (23/7) com concentrações no Porto, Coimbra e Lisboa. Os motivos da greve passam pela exigência de respeito e pela defesa do Serviço Nacional de Saúde.
«Face à intransigência do Ministério da Saúde de Ana Paula Martins em aceitar negociar soluções que sejam verdadeiramente capazes de atrair médicos para o SNS, como a negociação das grelhas salariais base a tempo da inscrição no próximo Orçamento de Estado e a melhoria das condições de trabalho, os médicos foram empurrados para a greve onde exigem respeito e na defesa do SNS», lê-se no comunicado.
«A FNAM sublinha que apesar de ter aceitado os temas propostos pelo ministério no protocolo negocial, a tutela se recusou a integrar soluções da estrutura sindical, como também a iniciar a negociação das grelhas salariais em paralelo, adiando-a para 2025, e impedindo assim, a recuperação da perda do poder de compra na última década de 18,5%, a maior na Administração Pública e que nos mantém entre os médicos mais mal pagos a nível europeu», revela o comunicado.
A FNAM, registe-se, reforça que o ministério agiu de forma «inflexível e unilateral», publicando também dois decretos-lei.