É já nos próximos meses que arranca a intervenção na zona mais critica da Ribeira de Algés, em Oeiras. Um investimento global de 5 milhões de euros, cuja primeira fase custará 1,5 milhões de euros.
O protocolo para reabilitar a Ribeira de Algés foi assinado, esta terça-feira, entre a Câmara Municipal de Oeiras e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), numa cerimónia que contou com a presença da ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho.
De acordo com o presidente da câmara, Isaltino Morais, esta é «uma obra complexa que vai começar pelas zonas onde há maior risco de colapso», nomeadamente o troço entre o Largo Comandante Augusto Madureira e o Mercado de Algés, que se encontra «em estado mais crítico», segundo um estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
Isaltino Morais recordou que este é o terceiro governo a assinar um protocolo para a reabilitação da Ribeira de Algés, uma vez que os dois anteriores «acabaram por cair» e a obra não avançou, esperando que o agora assinado com o governo social-democrata «seja um bom auguro» para a obra avançar.
Para a ministra do Ambiente, a primeira fase da obra destina-se a «acautelar as intervenções mais urgentes e representa um investimento de 1,5 milhões de euros», assumido pela APA e com recurso do Fundo Ambiental e do município de Oeiras.
«Para já, será dada resposta a um risco real para as pessoas, que decorre das diversas patologias identificadas no troço que será intervencionado assim que possível, portanto, no início da primavera», disse Maria da Graça Carvalho, frisando que é importante que «fique desta vez já resolvido um problema de há 22 anos».
Numa segunda e terceira fase da obra irá ser promovida a reabilitação de toda a bacia da Ribeira de Algés, envolvendo os municípios de Oeiras, Lisboa e Amadora.
Em curso encontra-se já a duplicação da Ribeira de Algés, na Av. dos Bombeiros Voluntários, em território de Oeiras, com uma estimativa de investimento global de 30 milhões de euros, além da duplicação entre o caminho-de-ferro e a foz, no território de Lisboa, igualmente com uma estimativa de investimento de 30 milhões.
De acordo com a vereadora da Mobilidade em Oeiras, Joana Baptista, que fez a apresentação do protocolo, está ainda em curso a criação de bacias de retenção na Amadora e em Oeiras.