Um homem de 27 anos foi detido em Algés por ser suspeito de violência doméstica sobre os avós, “ambos com idade avançada e em situação de fragilidade física e psicológica”, avançou a PSP.
Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP refere que a detenção aconteceu cerca das 12h30 em cumprimento de mandado de detenção emitido pela Autoridade Judiciária. Na nota, a PSP dá conta que os factos em investigação “reportam-se a um período prolongado de tempo”, estando a avó do suspeito diagnosticada com demência e a ser medicada para uma depressão e o avô com locomoção reduzida e fraca audição.
O suspeito já foi presente a 1.º interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de proibição de contacto com as vítimas de qualquer forma, inclusive através do telefone, proibição de permanência na residência e apresentações semanais às autoridades.
O homem, dependente economicamente das vítimas, encontra-se a viver com os avós desde os 18 anos e é “consumidor assíduo de estupefacientes e bebidas alcoólicas”, segundo a PSP. De acordo com a polícia, o homem exigia, “de forma reiterada”, dinheiro à avó “para sustentar os seus vícios, recorrendo a intimidações, injúrias e ameaças explícitas”.
“Perante a recusa da ofendida em ceder às exigências, o suspeito aumentava a agressividade, tendo já arremessado objetos contra os avós, causando dor e sofrimento físico”, explica na nota a PSP.
Além disso, em situações de ausência dos avós, o suspeito chegou a vender diversos eletrodomésticos e artigos domésticos para adquirir estupefacientes, provocando prejuízos económicos significativos.
O comportamento reiterado do neto obrigou a avó a adotar estratégias de proteção, como dormir com a mala junto de si para impedir que o neto lhe retirasse dinheiro, acrescenta o comunicado. “A situação gerou exaustão psicológica nas vítimas, que manifestaram temor constante pela sua segurança e solicitaram medidas urgentes de afastamento e proteção por teleassistência”, sublinha também a nota da PSP.
Perante os elementos de prova recolhidos, que incluem declarações presenciais das vítimas, registos fotográficos dos danos causados na residência e antecedentes criminais do arguido, as autoridades consideraram a detenção como “medida imprescindível para salvaguardar a integridade física e psicológica dos ofendidos e prevenir a continuação da atividade criminosa”.







