Há mais de uma década que não se assistia a uma Greve Geral convocada pelas duas maiores intersindicais do país: CGTP e UGT.
Nos últimos dias, o Governo tudo fez para evitar um cenário de caos, com reuniões entre os vários ministérios e os sindicatos, mas nada fez parar a greve, que vai começar âs 00h00 desta 5ª Feira.
Um dos setores que irá sofrer maiores constrangimentos será a Saúde em todas as suas vertentes, ou seja, Hospitais, Centros de Saúde e Unidades Locais não poderão fechar, mas as Urgências deverão “entupir”, e muitas dessas urgências já estão a trabalhar na capacidade máxima.
Um dos Hospitais onde deverá acontecer a situação acima descrita é o Amadora/Sintra, pois já há doentes (com pulseira amarela) a esperar 8 horas, e há médicos que prometem faltar ao serviço durante a madrugada e manhã. A direção do Hospital garante ter um “Plano B”, mas ninguém o conhece.
Outro dos setores será os Transportes Públicos, pois as empresas de autocarros prometem poucos veículos a circular, enquanto a CP, o Metro de Lisboa e as empresas de taxi referem que vai haver “fortes constrangimentos”. No Porto, STCP e Metro do Porto também vão parar.
Como há trabalhadores destes setores que trabalham por turnos, já se sentem constrangimentos, pois os trabalhadores que iriam sair depois das 00h00 já não compareceram ao serviço. A CP referiu que está a ser fortemente afetada pelos efeitos da Greve Geral e já teve de suprimir 335 comboios.
Outro dos setores que promete fortes reivindicações é a Educação. A maior parte das escolas estará fechada, pois a greve é de Professores e Auxiliares, deixando os estabelecimentos de ensino sem condições de segurança.
Como é uma greve da Administração Publica, todas os serviços de Finanças, Segurança Social e outros serviços do mesmo género estarão encerrados ou com fortes constrangimentos, assim como os Bombeiros Sapadores.
A recolha de lixo também poderá ficar afetada, assim como a limpeza das ruas, pois os trabalhadores destes setores são contratados pelas autarquias, ou seja, são funcionários públicos. Estes trabalhadores serão os primeiros a fazer greve.
O secretário-geral da UGT, Mario Mourão começou o acompanhamento aos efeitos desta Greve Geral, precisamente junto aos trabalhadores da recolha de lixo na área de Lisboa.
O setor privado não poderá aderir à greve, pois não estão sindicalizados, mas muitos serviços poderão não funcionar, pois os trabalhadores não conseguirão chegar ao local de trabalho ou chegarão muito tarde, reduzindo a produtividade.
Os efeitos colaterais da Greve deverão afetar também o Trânsito e os Supermercados, pois muitos trabalhadores irão levar o carro próprio para o local de trabalho, e as empresas de distribuição poderão não chegar às principais cadeias de estabelecimentos que vendem produtos alimentares e afins.
Esta Greve Geral ocorre devido ao Pacote Laboral, projeto-lei que o Governo prepara-se para apresentar e aprovar, e que os sindicatos contestam por considerar que os direitos dos trabalhadores ficam em causa.
Se a ideia for avante, a lei do trabalho como a gente a conhece atualmente transforma-se radicalmente e os patrões e trabalhadores terão de se adaptar a novas regras e condições.






