O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), Rui Lázaro, mostra grande preocupação relativamente ao funcionamento do INEM ao alertar para a situação, garantindo que «é muito mais grave do que aquilo que tem sido tornado público. A greve é uma hipótese que ganha cada vez mais força».
«A emergência médica está em pré-colapso. Ainda não se avançou para a greve para não piorar a situação. Será uma questão de tempo até agendarmos uma greve se nada for feito nos próximos dias, nas próximas semanas», revela o responsável STEPH, adiantando: «A situação no INEM é muito mais grave, infelizmente, do que o que tem vindo a público. Nós recebemos denúncias diárias de atrasos superiores a uma hora e a duas horas só no envio de ambulâncias. Diariamente estão várias dezenas de chamadas nas centrais do INEM para serem atendidas à espera de uma resposta, o que tem consequências diretas na vida e, infelizmente, na morte dos portugueses.»
«Ou se inicia já esta retoma, este inverter da degradação que se tem verificado, ou as consequências vão piorar nos próximos dias. Estamos numa altura de verão, numa altura em que os serviços de emergência médica são muito solicitados. As medidas são para ontem, porque amanhã pode já ser tarde», conclui Rui Lázaro.