Quem tem esta doença, muitas vezes, desconhece, mas a hipercolesterolemia familiar pode ser a razão por trás de níveis elevados de colesterol.
A hipercolesterolemia familiar é uma doença genética que se caracteriza por níveis elevados de colesterol no sangue, especialmente de colesterol LDL, conhecido como “mau colesterol”. Este tipo de colesterol acumula-se nas artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC).
A hipercolesterolemia familiar é uma condição hereditária, o que significa que passa de pais para filhos. Em Portugal, estima-se que afete uma em cada 500 pessoas, embora muitos casos permaneçam por diagnosticar.
Esta doença é particularmente perigosa, porque os elevados níveis de colesterol estão presentes desde o nascimento, o que leva à sua acumulação precoce e progressiva nas artérias. Como resultado, os doentes têm um risco significativamente maior de desenvolver doenças cardiovasculares em idades mais jovens, muitas vezes antes dos 50 anos.
O diagnóstico precoce da hipercolesterolemia familiar é crucial para prevenir complicações graves. Este pode ser feito através de análises de sangue que avaliam os níveis de colesterol e de um historial médico detalhado, que inclui a avaliação do risco familiar. Em alguns casos, testes genéticos podem ser recomendados para confirmar o diagnóstico.
Se tem um familiar direto com esta patologia, é importante que consulte o seu médico assistente. Um diagnóstico precoce e uma intervenção atempada podem fazer toda a diferença na prevenção de complicações futuras, garantindo uma melhor qualidade de vida.
André Paquete Oliveira, Especialista em Medicina Geral e Familiar na Clínica CUF Miraflores