A icónica afirmação do presidente da câmara de Oeiras, “a casa é condição indispensável para a dignidade da família”, continua a servir de inspiração para todos os que pensam a questão da habitação.
E Oeiras volta a liderar este debate. O I Congresso Internacional de Habitação Pública, promovido pelo município, teve início esta quinta-feira e contou com a abertura do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro. O Chefe do Governo iniciou os trabalhos com um cumprimento especial ao presidente da câmara oeirense, realçando não só o seu papel como promotor e organizador do congresso, mas também o trabalho realizado, ao longo de 40 anos, na promoção da habitação pública e na requalificação do espaço público.

Luís Montenegro prosseguiu a sua intervenção, referindo que “Portugal é um dos países da Europa onde a acessibilidade à habitação, seja por via do arrendamento, seja por via da aquisição, se encontra mais dificultada para as gerações mais novas”. E acrescentou, “os jovens portugueses têm ainda mais dificuldades do que a generalidade dos cidadãos em aceder a uma habitação condigna, compatível com os seus projetos de vida”.
O primeiro-ministro afirmou também que a habitação, muito mais do que uma garantia, constitui um direito fundamental, nomeadamente à dignidade. Após a intervenção de Luís Montenegro, seguiu-se a sessão temática ‘Energia/Sustentabilidade – Uma Habitação de Futuro’ que contou com a participação de Hélder Perdigão Gonçalves, João Moura, João Branco Pedro e Luísa Gama Caldas. A Conferência continuou com o painel ‘Projetar Habitação Pública, uma arte (im)prescindível?’, onde intervieram Jorge Mealha, Marta Caldeira, Patrícia Gonçalves Costa e Teresa Pires da Fonseca.

No período da tarde, os trabalhos recomeçaram com a discussão sobre ‘Políticas Sociais em Habitação Pública – E depois da casa?’ que contou com as contribuições de Alda Botelho Azevedo, Carla Rocha, Filipa Roseta, Nuno Piteira Lopes e Pedro Baganha.
O debate ‘Construção Sismo-Resistente’ e no qual intervieram Armando Lúcio Simonelli, Jorge N. Bastos e José Pequeno encerrou o primeiro dia da conferência.
CM Oeiras