A nova cirurgia disponibilizada pela CUF Cascais, permite uma elevada eficácia na redução do peso e no tratamento da diabetes tipo 2, colocando Portugal na linha da frente da cirurgia metabólica, a nível mundial.

A obesidade é considerada um grave problema de saúde pública, em Portugal, mais de 50% da população apresenta níveis de pré-obesidade ou obesidade. Segundo o cirurgião geral nos hospitais CUF Cascais e CUF Descobertas, Ricardo Zorrón, “por ser uma doença crónica complexa, associada a patologias com grande impacto na qualidade de vida, como a diabetes tipo 2, a apneia do sono, a hipertensão arterial e o colesterol elevado, torna-se urgente a sua prevenção e tratamento eficaz”.
Neste sentido, a técnica cirúrgica SASI Bipartition, disponível no Hospital CUF Cascais, é um dos procedimentos mais inovadores e eficazes para o tratamento da obesidade e doenças associadas, como a diabete tipo 2, que “coloca Portugal na linha da frente da cirurgia metabólica mundial”, afirma o especialista da CUF.
Esta cirurgia consiste numa abordagem minimamente invasiva, exclusivamente metabólica, que, segundo Ricardo Zorron, se distingue por manter a integridade do tubo digestivo: “Durante a cirurgia, removemos parte do estômago e criamos uma nova ligação (a via hormonal), que funciona em paralelo com o caminho digestivo já existente (a via digestiva normal). A cirurgia estabelece, assim, um duplo fluxo intestinal garantindo o controlo metabólico sem sacrificar a absorção de nutrientes vitais, como ferro e vitaminas”.
“A nova ligação permitirá que os alimentos cheguem mais rápido e de forma concentrada à porção final do intestino delgado – o íleo, provocando uma ativação imediata das células hormonais responsáveis por aumentar a sensação de saciedade, diminuir o apetite e estimular o pâncreas a produzir insulina – o que lhe confere um elevado nível de segurança e resultados muito positivos para os doentes”, explica Ricardo Zorron.
“O objetivo não é que a pessoa coma menos, mas sim ajustar o metabolismo”
O mecanismo de ação desta nova técnica cirúrgica baseia-se numa reprogramação completa das hormonas gastrointestinais, que resulta “em cerca de 98% de probabilidade de remissão da diabetes tipo 2, que, em geral, ocorre logo na primeira semana após a cirurgia, permitindo, em muitos casos, a suspensão da medicação. A cada ingestão de alimentos, o íleo passa a produzir, de forma imediata e natural, GLP1 e GLP2”, esclarece o cirurgião da CUF, um dos principais responsáveis pela introdução e desenvolvimento desta técnica em Portugal.
“O objetivo não é que a pessoa coma menos, mas sim ajustar o metabolismo. A perda de peso é rápida, ocorrendo em apenas seis meses, e com um reduzido risco de recuperar o peso perdido.”, acrescenta.
Entre as principais vantagens da técnica SASI Bipartition encontram-se a rápida recuperação, controlo eficaz da dor, baixo risco de complicações após a cirurgia, geralmente com necessidade de apenas um dia de internamento, cicatrizes reduzidas e, também, a eliminação do risco de desenvolvimento de síndrome de dumping (esvaziamento gástrico rápido e mal-estar).






