A exposição a períodos de calor intenso, particularmente durante vários dias consecutivos (ondas de calor), constitui uma agressão para o organismo. Os riscos são maiores para determinados grupos, especialmente crianças e idosos.
Os bebés e as crianças são particularmente vulneráveis, em parte porque perdem líquidos mais rapidamente do que os adultos e dependem de cuidadores para os ajudar. Já as pessoas mais velhas tendem a ter mais problemas de saúde, o que as coloca em maior risco, e os seus corpos respondem ao calor de forma diferente do que os das pessoas mais jovens.
Há alguns sintomas típicos do calor em excesso, que podem, também, ser os primeiros sinais de uma situação de stress no corpo. Entre os principais, estão fadiga e cansaço, sede, transpiração excessiva, dor de cabeça e pele avermelhada.
Nos dias mais quentes, mantenha a sua casa fresca, evite a exposição ao sol e a realização de atividades físicas extenuantes das 10h até às 17h. No exterior, utilize sempre protetor solar, reaplicando-o de 2 em 2 horas. Se tiver animais domésticos, evite passeios nos horários mais quentes. Tome banhos frios e use compressas frias, para aliviar o calor. Faça refeições leves e beba água regularmente, mesmo não tendo sede. Entre em contacto com familiares, amigos e vizinhos vulneráveis.
Se sentir tonturas, fraqueza, sede intensa ou dor de cabeça, procure ajuda e evite tomar medicamentos sem orientação médica. Em casos graves, como convulsões e inconsciência, é indispensável pedir ajuda médica urgente.
Pedro Barreira, Especialista em Medicina Geral e Familiar nas clínicas CUF Miraflores e CUF Belém